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Milhões de pobres a menos

Um estudo divulgado na semana passada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) demonstra como a crise internacional impacta sobre a redução da pobreza nas metrópoles brasileiras.

O IPEA estudou o comportamento dos índices de desigualdade e de pobreza de seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre).

A hipótese construída pelo estudo – mas também pelo senso comum e pela imprensa – era de que a queda na produção e no emprego se repetiria em variáveis sociais, tal como ocorreu em outros períodos de crise.

Para verificar essa hipótese o IPEA comparou nossa crise atual com outros três períodos, semelhantes, de crise econômica (1982-83, 1989-90 e 1998-99). Nesses três períodos crise econômica levou ao aumento da pobreza nas regiões metropolitanas.

Porém, o mesmo não aconteceu desta vez. Com efeito, o processo de redução da pobreza, verificado desde o início do governo Lula e motivado, queira o PiG (Partido da Imprensa Golpista) ou não, queira o PSDBEM (Partido Para Se Dar Bem) ou não, pelos programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, é um fato social concreto.

É o próprio IPEA, uma instituição acima de qualquer suspeita, que observa. A pobreza, no Brasil metropolitano, atingia 18,5 milhões de pessoas em 2002. Em junho de 2009 esse número havia baixado para 14,4 milhões. Essa diferença de 4 milhões de pessoas, representa uma queda de 26,8% da taxa de pobreza das regiões metropolitanas. O Rio de Janeiro ficou com 1,4 milhão de pobres a menos. São Paulo perdeu 1,3 milhão de pobres. Em Belo Horizonte foram 600 mil pessoas. Em Salvador, 200 mil pobres a menos nesse período.

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