A missão das prefeituras de cidades médias em prover políticas cultuais voltadas para a exibição de filmes é tanto maior porque, hoje em dia, praticamente já não há exibidores individuais, que mantenham uma única sala numa cidade. Esse padrão ficou para trás por uma imposição do mercado. Atualmente as salas estão em shopping centers, sob forma de complexos “multiplex”. Então, cada vez vai ser mais difícil atrair um exibidor para a cidade.
Por outro lado, os custos de exibição estão cada vez mais acessíveis ao poder público. O Ministério da Cultura possui um programa de exibição, a Programadora Brasil, que disponibiliza filmes e vídeos nacionais para exibição não-comercial em circuitos alternativos. No MinC há também o programa Cine Mais Cultura, financiado pelo PAC da Cultura, que são pontos de exibição em DVD. 1.600 salas de exibição serão implantadas até o final de 2010 em comunidades com baixo índice de desenvolvimento humano.
Digo isso para sugerir que o momento pode ser oportuno. Seria questão de correr atrás.
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