Fechando os olhos, posso perceber que não me chamo Dante. Com os olhos abertos, essa operação se torna muito mais difícil. Com os olhos abertos percebo-me não como quem sou, mas como quem pretendo. Julgo que minha ética devora meus próprios sentidos.
Porém, se fecho os olhos, posso perceber o quanto minha ética é torpe e pretenciosa, e o quanto não me chamo Dante.
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