“O poder judiciário do Brasil é avesso à democracia. Existe para impedir a universalização dos direitos”. A afirmação é do jurista Jorge Normando Rodrigues, colaborador de sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Ela foi feita hoje a tarde, em São Paulo, durante o 2º Seminário Democracia e Anistia, realizado no Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Ele discute a “judicialização” da política brasileira, fenômeno dos mais estranhos e dos menos debatidos na cena política contemporânea, sobre o qual, volta e meia, este blog volta a comentar. Rodrigues conclui que isso não é fruto da expansão do judiciário, mas do enfraquecimento da luta política. A retração das lutas de massas no pós-muro de Berlim fez com que, na década seguinte, os juízes passassem a decidir sobre questões que antes diziam respeito ao debate político.
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