As eleições presidenciais serão chatíssimas. Não haverá debate, provavelmente. Somente fofoca. E amontoados de bobagens. E mais fofoca. Num artigo publicado hoje no jornal Valor Econômico, a jornalista Maria Inês Nassif observa que a conjuntura política e econômica é extremamente favorável ao governo e ao PT, resultado da conciliação entre alta taxa de crescimento econômico e democracia, acabam inviabilizando um discurso de oposição. O eleitorado está satisfeito com a vida que tem e acha que a sua vida vai melhorar com a continuidade, e não com a mudança.
Obviamente que, na disputa eleitoral, o PT vai jogar no colo (e na cara) do PSDB, do DEM e da parte rancorosa e preconceituosa das elites nacionais fatos como os seguintes:
- de 2002, último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), até agora, as reservas internacionais pularam de US$ 35 bilhões para US$ 240 bilhões;
- o salário mínimo, de US$ 80 para US$ 280;
- O PIB saiu de um patamar de US$ 500 bilhões para US$ 1,5 trilhão;
- o índice Gini caiu de 0,58 para 0,52 (quando mais próximo de zero, maior a igualdade);
- 30 milhões de pessoas das classes mais pobres ascenderam à classe média;
- 10,6 milhões saíram de favelas.
São dados apresentados pelo cientista político Ricardo Guedes Ferreira Pinto, do instituto de pesquisas Sensus.
O que a oposição vai dizer diante desses números. Nada. Não haverá debate político. Não haverá proposta. Smente baixaria: pseudo-fatos, truques, armações. Agressão.A tentativa de desqualificação, pura e simples, da adversária.
Eleições chatíssimas, provavelmente.
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