Registro também minha convicção de que a escola precisa ser laica e republicana. De que a escola, para ser eficaz, precisa livrar-se de todo símbolo religioso, permitindo não só a clareza dos espíritos, o uso da razão mas, se se quiser, que a fé seja natural, espontânea, não dogmatizada e, portanto, verdadeira.
E este que fala estudou, da alfabetização ao convênio, numa escola católica mesquinha, corrupta, desonesta, preconceituosa, de péssima qualidade e que, ainda assim, em meio à falta de senso crítico geral desta infeliz cidade de Belém, até hoje se passa por uma das melhores da cidade – com o que se permite preços demasiados.
A essa escola, por exemplo, eu mesmo não devo nenhuma coisa boa, nada que me tenha servido para amar a virtude e nenhum conhecimento que não seja indireto – ou seja, por negação – a respeito das coisas do mundo.
E fico por aqui, embora imaginando o que resta aos alunos da "melhor escola do Pará".
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