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Nacionalismo e tolerância

Por essência – herança da sociedade escravocrata e autoritária – nosso país pretende-se arrogantemente bom no futebol. Tivesse antes afetos semelhantes por coisas mais importantes e urgentes, teríamos menos aperreios, imagino. Não sendo o caso, condenava jogadores e comissão técnica, se pudesse, à pena de morte (fascínio maior do trogloditismo brasileiro). Penso que uma decepção não precisa ser desrespeitosa e que as pessoas não precisam se comportar como se tivessem sido traídas. Outros país, menos arrogantes (por exemplo, a Argentina) tratam suas perdas com mais parcimônia e afetividade. Vejam o vídeo abaixo para entender. Penso o seguinte: nacionalismo não precisa significar, necessariamente, imbecilidade pré-tribalista.

Comentários

Anônimo disse…
Pois é... também é difícil entender o revanchismo - para mim, infudado - entre brasileiros e argentinos.
As grosserias contra os hermanos se ampliaram em redes sociais, blogs, twitter etc.
Não consigo entender em que medida a derrota de um país num campeonato ajudaria a diminuir o pesar pela derrora do outro.
Lógica mesquinha, vergonhosa e triste.

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