Ontem estive falando aqui sobre a necessidade de aumentar os investimentos em Ciência e Tecnologia (C&T) para superar a pobreza, a exclusão social e as condições de competitividade do Brasil no cenário internacional. Volto ao assunto, trazendo alguns números, todos ruins:
Em 1994, o país pediu o registro de 60 patentes no escritório americano de propriedade intelectual (USPTO, na sigla em inglês). No ano passado, foram 106 pedidos. Entretanto, a produção do país, nesses dois momentos, representou apenas 0,06% do total mundial. A Coreia do Sul saltou de uma participação de 0,93% das patentes mundiais em 1994 para 5,24% no ano passado. O mesmo se repetiu com a China, a Espanha, a Rússia e a Índia. Segundo a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), há 23 empresas que, em 2009, registraram mais patentes globais do que o Brasil. Entre as cem empresas com mais patentes registradas, nenhuma é brasileira. O mesmo se repete no ranking universitário: não há nenhuma instituição nacional entre as 50 mais produtivas do planeta.
Comentários