- Valeu o prognóstico feito pelo presidente Lula de que a oposição perderia seu último trunfo ao apostar num desempenho ruim da candidata petista Dilma Rousseff. Ao contrário, Dilma, apesar do nervosismo, manteve a objetividade.
- Portanto, Serra não chegou nem perto de “estralhaçar” Dilma, com sua experiência, no debate.
- Os tucanos nutrem o mito de que Serra vencerá os debates por causa do fator “experiência”. Mas, o que é experiência, afinal? O que se viu foi que Serra não ficou nervoso e não gaguejou, como aconteceu com Dilma, mas, por outro lado, se perdeu nas respostas, não teve coragem de repetir os ataques que vem fazendo a Dilma e a Lula quando não está na presença deles, fugiu de polêmicas e, de um modo geral, mostrou menos “conteúdo” do que seus aliados esperavam.
- Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e Marina Silva (PV) poderiam ter feito uma dobradinha para crescerem juntos, mas se acomodaram no que parece ser o seu papel nestas eleições: o de coadjuvantes numa disputa plebiscitária entre o campo progressista representado por Dilma e pelo atual governo e o campo da direita, representado por Serra e pela aliança DEM-PSDB.
- Plínio fez a figura do candidato doido e jogou meio tudo-ou-nada. Seu maior êxito eleitoral, talvez, seja ter alcançado o Trending Topics do Twitter. Chamar Marina de “ecocapitalista” e Serra de “hipocondríaco” foi até engraçado, mas... e daí?
- Marina Silva foi que melhor se colocou, mas todos esperavam mais dela. Foi conciliadora demais e, talvez, um pouco acanhada.
- Os grandes temas das eleições ficaram de fora. Não se falou em projeto de desenvolvimento, em taxa de juros, em PAC, em política social, em reforma previdenciária ou em reforma política.
- Serra insistiu demais em trazer o debate para o campo da saúde. Demais. Acabou dando oportunidade para Dilma apresentar muito da proposta do PT de fortalecer o SUS e perdeu muito tempo insistindo na questão dos mutirões de saúde. Então, em algum momento, todo mundo se perguntou: Ora, afinal, não é essencial ter um SUS operante e forte?
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de
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Luiza.