Não poucos loucos planejaram, construíram e povoaram cidades na Amazônia. De Mazagão às companies towns de Carajás, passando por várias outras. Uma delas foi Fordlândia, que acabou de ganhar um livro contando a sua história: Ascensão e queda da cidade esquecida de Henry Ford na selva, de Greg Grandin (Rocco, 400 pgs. R$56). O livro conta em detalhes a história de um empreendimento megalomaníaco do final dos anos 20 – transplantar para uma cidade construída no meio da floresta, à beira do Rio Tapajós, os valores, costumes e o padrão de vida tipicamente americanos, e dali administrar uma plantação de seringais de tamanho equivalente ao estado do Tennessee. Ford era, então, o homem mais rico do mundo. Para o autor havia, por trás de Fordlândia, um impulso quase messiânico: o sonho de um experimento social que expurgasse o capitalismo das deformações que acumulara nos Estados Unidos e resgatasse as suas virtudes originais.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de
Comentários