Eu voto no projeto político e não nas pessoas. No projeto de longo prazo, e não nas propostas superficiais. Meu padrão de voto, portanto, pertence ao terceiro dos comportamentos citados no post anterior.
Mesmo afirmando que todos os padrões são legítimos, penso que votar no programa e no partido conforma o horizonte mais ponderado e justo. Gostaria de explicar por que:
Em meu modo de pensar, o sistema político brasileiro está chegando ao seu colapso. Estamos experimentando uma espécie de carnavalização da política, o que equivale a uma despolitização e a uma des-objetivação do processo político.
Governantes substituem a política pelo marketing e pela comunicação e, ao fazerem-no, despolitizam a escolha eleitoral, bem como a publicização das ações do governo, as alianças e acordos, os compromissos históricos e os projetos de longa duração.
Como a maioria dos eleitores vota no candidato, os políticos precisam se apatetizar, se abestalhar, para transmitirem, ao eleitor, uma segurança subjetiva ou, pior ainda, para firmarem com ele um pacto de voto que terá, no fim das contas, uma dimensão absolutamente pragmática.
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