Os sintomas dessa carnavalização eleitoral é a desorganização de qualquer projeto de longa duração. O partido que desejar manter seus compromissos históricos, precisará dissimula-los para poder atrair o voto emotivo e o voto pragmático – sempre com o perigo de, caso no poder, sequer conseguir retomar esses compromissos.
O sistema político brasileiro impõe a substituição do longo prazo, que é a única dimensão na qual, realmente, se pode fazer alguma coisa, pelo imediatismo.
Por resultado, vemos o horário político como um show de histrionismos. Convenhamos que com 500 candidatos na disputa é impossível que o eleitor tenha qualquer comportamento racional de voto. É impossível conhecer 500 candidatos. Saber do passado de 500 candidatos. Estabelecer comparações concretas em eles.
A realidade prática dessa situação é que cada candidato – alguns deles em feixes de aliança – acabam formando micropartidos políticos.
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