Erenice caiu por pressão da mídia golpista, que, em vez de informação, produz o fato. O governo cedeu e Erenice caiu. Esse é o fato. Até penso que, politicamente, a saída de Erenice da casa Civil, é o melhor a fazer. Afinal, não vai dar para, a essa altura do processo eleitoral, explicar, pedagogicamente, o que é a grande mídia. Melhor dar transparência à questão e botar a bola para frente.
Porém, merece ser desvelada a maneira como a grande mídia golpista, associada ao PSDB-Dem, estão se lançando numa eleição suja, baseada em denuncismos.
Senão, o que explica botar no Jornal Nacional, com a cara mais lavada que deus lhe deu, um empresário que já passou dez meses na cadeia? Luis Nassif explicou aqui quem é o empresário que serviu de “fonte” para a “Folha”, na nova denúncia a envolver Erenice Guerra.
Uma coisa é a imprensa fiscalizar relações de poder que envolvem os candidatos. A imprensa tem a função de fiscalizar o poder. Outra coisa, bem diferente, porém, é produzir fatos que motivem coberturas específicas, com caráter nitidamente partidário e unilateral.
Unilateral?
Sim, unilateral. Afinal, essa imprensa, por sua natureza golpista, não diz uma só palavra sobre gente muito suspeita do lado demo-tucano, não é? Por exemplo, Ricardo Sérgio, Preciado e vários outros personagens misteriosos aliados a José Serra.
É a tática do escândalo. A única tática política que a direita brasileira sabe usar atualmente.
Uma tática que só funciona, aliás, nas camadas médias da sociedade brasileira, em meio a eleitores mais escolarizados e com renda mais alta. Nos setores populares e mais próximos de Lula, é uma tática que não pega.
Felizmente, aliás. Mas não dá para baixar a guarda. Afinal, nos próximos dias, mais escândalos virão.
A nós, que preparemos o estômago para o jogo sujo, para a falta de ética e para o farsismo truculento do PiG.
Comentários
Num primeiro momento, Dilma Rousseff dissera que o ‘Erenicegate’ era problema do governo, não de sua campanha.
Neste sábado (18), a candidata atualizou o bordão de Lula ‘Não sabia de Nadinha’ da Silva: “Não cheguei a tomar conhecimento”, disse ela.
Até aqui, o Brasil vinha sendo apresentado a uma presidenciável extraordinária, gerente impecável, gestora de êxitos retumbantes.
Ao dizer que não sabia o que se passava ao redor de Erenice Guerra, Dilma pede para ser vista como boba involuntária, não como cúmplice espontânea.
Todo mundo tem o direito de dizer o que bem entende. Mas aquela personagem da propaganda eleitoral perdeu o nexo.
Um artigo levado às páginas deste domingo (19) pelo repórter Elio Gaspari ajuda a entender o por quê. Vai abaixo o texto:
“Segundo a superstição petista, Dilma Rousseff é uma executiva altamente qualificada. Que seja. Ela teve um loja de cacarecos panamenhos chamada ‘Pão e Circo’, no centro comercial Olaria, em Porto Alegre, mas a aventura durou 17 meses.
Fora daí, seu currículo ficou na barra da saia da viúva. Nele, embutiu um doutorado pela Unicamp que nunca foi concluído, mas deixou de mencionar sua única, banal e pitoresca passagem pela atividade privada.
Nomeada ministra de Minas e Energia, por Nosso Guia, assistiu ao loteamento de sua pasta e a ida do engenheiro Silas Rondeau para a presidência da Eletronorte. Qualificava-se com títulos da Universidade Sarney, onde teve como orientador o eletrizante empresário Fernando, filho do ex-presidente.
Em 2004, a ministra fritou o presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa, engenheiro nuclear, doutor pela UFRJ, com passagens por sete universidades estrangeiras. Para o seu lugar, turbinou Rondeau, que acabou substituindo-a no ministério.
Em maio de 2007, um assistente do doutor foi preso pela Operação Navalha. Acusado pela Polícia Federal de ter recebido R$ 100 mil de uma empreiteira, Rondeau deixou o cargo. Denunciado por gestão fraudulenta e corrupção passiva, ele se tornou o sétimo ministro de Nosso Guia apanhado pelo Ministério Público.
Rondeau subiu na vida por conta da aliança política com José Sarney, Erenice foi para a Casa Civil com credenciais típicas do comissariado: a fidelidade ao aparelho petista e à comissária Rousseff. Juntas, deixaram as impressões digitais no episódio da montagem de um dossiê com as despesas de Fernando Henrique Cardoso no Alvorada.
(Há dias, um cálculo da Rede Guerra de Trabalho e Emprego informava que, em 15 anos, Erenice, seus três irmãos e dois filhos passaram por pelo menos 14 cargos. Há mais: foram pelo menos 17, distribuídos pelos setores de urbanismo, educação, saúde, transportes, segurança, energia, planejamento e pela burocracia legislativa. Israel, filho da doutora, tinha uma boquinha na Terracap e José Euricélio, irmão dela, bicou na editora da Universidade de Brasília e estava na teta da Novacap.)”.
Num primeiro momento, Dilma Rousseff dissera que o ‘Erenicegate’ era problema do governo, não de sua campanha.
Neste sábado (18), a candidata atualizou o bordão de Lula ‘Não sabia de Nadinha’ da Silva: “Não cheguei a tomar conhecimento”, disse ela.
Até aqui, o Brasil vinha sendo apresentado a uma presidenciável extraordinária, gerente impecável, gestora de êxitos retumbantes.
Ao dizer que não sabia o que se passava ao redor de Erenice Guerra, Dilma pede para ser vista como boba involuntária, não como cúmplice espontânea.
Todo mundo tem o direito de dizer o que bem entende. Mas aquela personagem da propaganda eleitoral perdeu o nexo.
Um artigo levado às páginas deste domingo (19) pelo repórter Elio Gaspari ajuda a entender o por quê. Vai abaixo o texto:
“Segundo a superstição petista, Dilma Rousseff é uma executiva altamente qualificada. Que seja. Ela teve um loja de cacarecos panamenhos chamada ‘Pão e Circo’, no centro comercial Olaria, em Porto Alegre, mas a aventura durou 17 meses.
Fora daí, seu currículo ficou na barra da saia da viúva. Nele, embutiu um doutorado pela Unicamp que nunca foi concluído, mas deixou de mencionar sua única, banal e pitoresca passagem pela atividade privada.
Nomeada ministra de Minas e Energia, por Nosso Guia, assistiu ao loteamento de sua pasta e a ida do engenheiro Silas Rondeau para a presidência da Eletronorte. Qualificava-se com títulos da Universidade Sarney, onde teve como orientador o eletrizante empresário Fernando, filho do ex-presidente.
Em 2004, a ministra fritou o presidente da Eletrobras, Luiz Pinguelli Rosa, engenheiro nuclear, doutor pela UFRJ, com passagens por sete universidades estrangeiras. Para o seu lugar, turbinou Rondeau, que acabou substituindo-a no ministério.
Em maio de 2007, um assistente do doutor foi preso pela Operação Navalha. Acusado pela Polícia Federal de ter recebido R$ 100 mil de uma empreiteira, Rondeau deixou o cargo. Denunciado por gestão fraudulenta e corrupção passiva, ele se tornou o sétimo ministro de Nosso Guia apanhado pelo Ministério Público.
Rondeau subiu na vida por conta da aliança política com José Sarney, Erenice foi para a Casa Civil com credenciais típicas do comissariado: a fidelidade ao aparelho petista e à comissária Rousseff. Juntas, deixaram as impressões digitais no episódio da montagem de um dossiê com as despesas de Fernando Henrique Cardoso no Alvorada.
(Há dias, um cálculo da Rede Guerra de Trabalho e Emprego informava que, em 15 anos, Erenice, seus três irmãos e dois filhos passaram por pelo menos 14 cargos. Há mais: foram pelo menos 17, distribuídos pelos setores de urbanismo, educação, saúde, transportes, segurança, energia, planejamento e pela burocracia legislativa. Israel, filho da doutora, tinha uma boquinha na Terracap e José Euricélio, irmão dela, bicou na editora da Universidade de Brasília e estava na teta da Novacap.)”.
Estou desembarcando mo fascinante mundo dos blogueiros.
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