Aécio Neves tem tudo para se tornar o herdeiro do PSDB. Em primeiro lugar porque soube se manter afastado de Serra e de Alckmin, presenrvando seu capital político e sua base eleitoral em Minas, que, como se sabe, é expressiva.
De acordo com a última pesquisa Ibope seu candidato a governador de Minas, Anastásia, já teria ultrapassado o candidato Hélio Costa, do PMDB, apoiado por Lula. Para além desse fato, não meramente eleitoral, há uma dimensão de fundo tático, ou melhor, de erro tático, do PT, que possivelmente facilitará a projeção de Aécio no futuro.
Explico: como se sabe, o PT deixou de lançar candidato próprio ao governo de Minas para pacificar o PMDB. Isso foi, provavelmente, o maior erro tático do PT nestas eleições, pois com dois candidatos da sua base, é quase certo que, em Minas, haveria segundo turno e que a liderança de Aécio seria, pelo menos, confrontada eficazmente.
Sem esse meio-quilo político, Aécio está fazendo a gangorra pesar a seu favor, e a dimensão simbólica disso pode ter grande peso mais tarde.
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