Pular para o conteúdo principal

Operação Mãos Limpas no Amapá 2

A operação Mãos Limpas, pelo que se diz, ainda está “começando”. Aos poucos, mais elementos vão sendo acrescentados ao caso e novas informações vão se tornando públicas.
Pedro Paulo Dias (PP), o governador detido pela Polícia federal, fez como seu antecessor e apoiador, Waldez Góes (PDT), e envolveu quase toda a sua família em diversos canais de corrupção, de acordo com as investigações da Polícia Federal. Alguns elementos:
  • Sua mulher, Denise Carvalho, assumiu a Secretaria da Inclusão e Mobilização Social.
  • Na chefia de gabinete dessa pasta ficou Solangelo Fonseca, cunhado de Dias.
  • Benedito Dias, seu irmão, se tornou secretário especial da Governadoria, bem próximo ao governador.
  • O cirurgião Eupídio, outro irmão, foi para a Secretaria da Saúde.
  • Um "parceiro" seu, segundo a PF, Sebastião Máximo, virou secretário de Planejamento, Orçamento e Tesouro.
Os órgãos de governo ocupados por essas pessoas são o centro das dezenas de supostas fraudes e do esquema de desvios de recursos públicos detectados pelas investigações da Polícia Federal.
O loteamento de cargos entre familiares e amigos, operado pelo governador-candidato Pedro Paulo é uma prática comum nos sete anos em que Waldez Góes foi governador do Amapá.
De acordo com a PF, Waldez chegou a ter 60 membros de seu clã empregados no governo.
Outra peça central da corrupção é Livia Gato, uma jovem assessora da Saúde e amante de Pedro Paulo, de acordo com a PF. Livia participa ou conhece quase todas as supostas negociatas e foi extensamente gravada em interceptações telefônicas da PF. Foi a partir dessas gravações que o esquema de corrupção começou a ser revelado.
É para ela, Lívia Gato, que Pedro Paulo afirma, numa dessas gravações, que pretende receber US$ 30 milhões (R$ 51 milhões) de um grupo de investidores estrangeiros para a sua campanha, em troca de futuras facilidades na implantação de um projeto de plantio de dendê no Estado. Com dados da Folha de São Paulo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de

Leilão de Belo Monte adiado

No Valor Econômico de hoje, Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, informa que o leilão das obras de Belo Monte, inicialmente previsto para 21 de dezembro, será adiado para o começo de 2010. A razão seria a demora na licença prévia, conferida pelo Ibama. Belo monte vai gerar 11,2 mil megawatts (MW) e começa a funcionar, parcialmente, em 2014.

Ariano Suassuna e os computadores

“ Dizem que eu não gosto de computadores. Eu digo que eles é que não gostam de mim. Querem ver? Fui escrever meu nome completo: Ariano Vilar Suassuna. O computador tem uma espécie de sistema que rejeita as palavras quando acha que elas estão erradas e sugere o que, no entender dele, computador, seria o certo   Pois bem, quando escrevi Ariano, ele aceitou normalmente. Quando eu escrevi Vilar, ele rejeitou e sugeriu que fosse substituída por Vilão. E quando eu escrevi Suassuna, não sei se pela quantidade de “s”, o computador rejeitou e substituiu por “Assassino”. Então, vejam, não sou eu que não gosto de computadores, eles é que não gostam de mim. ”