Em se tratando de TV pública, no Brasil, um tema que se tornou presente são as mudanças que estão acontecendo na TV Cultura de São Paulo. O presidente da TV Cultura, João Sayad, anunciou que pretende reduzir em 80% a produção dos programas e o número de funcionários. Dos 1.800, ficariam apenas 400 funcionários, número que Sayad teria dito a diretores da emissora que é mais que suficiente. A pista foi dada numa nota oficial emitida no começo de agosto, por meio da qual a emissora afirma ter-se tornado "cara e ineficiente" e que irá propor uma renovação dos programas e dos processos administrativos ao Conselho da Fundação Padre Anchieta.
Também foi anunciado que Sayad planeja se desfazer dos estúdios e do prédio da emissora na Água Branca, zona oeste de São Paulo. A idéia seria transformar a TV em uma co-produtora, encomendando programas de entretenimento à produtoras independentes.
A proposta é uma "revitalização dos programas admirados, a modernização dos processos administrativos, bem como dos equipamentos, e contando com os talentos que a emissora possui e com a contratação de novos apresentadores e jornalistas", segundo a nota oficial, mas é perceptível que o que está em curso é um processo de desmontagem intelectual e físico da emissora.
Tanto mais estranho, considerando que a emissora é mantida pelo governo do estado, do PSDB, que isso aconteça nas vésperas de um processo eleitoral no qual a eleição está dificílima para o canditato do PSDB e crescentemente perigosa para a reeleição do governador de São Paulo.
Comentários