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As coisas que continuam 1: derrotas

A derrota da candidatura de Ana Júlia à reeleição representa a dissipação de um acúmulo histórico de forças políticas, sociais e, também, econômicas e, nesse sentido, frustra muitas expectativas. Porém, os avanços realizados foram muitos e importantes e a experiência acumulada, tanto pelo PT como pelas pessoas que fizeram parte do governo somarão, espero que em condições mais coletivas, nas lutas do futuro.
Espero continuar a contribuir, sempre publicamente, para com a reflexão sobre a sociedade, a cultura e a política amazônica e paraense e espero fazê-lo de maneira clara e honesta, independente de forças políticas, interesses e percepções localizadas e, sempre, pela ótica do meu compromisso pessoal com as forças progressistas, em especial com o PT. Sem maiores pretensões que não o debate público e a favor da construção de uma política partidária que tenha por base o longo prazo.
Em política, como em tudo, se perde e se ganha, num movimento permanente de esforço e disputa. É preciso ter dignidade na derrota e humildade na vitória. Ter dignidade na derrota significa, em primeiro lugar, aceitá-la com racionalidade, se possível encontrando as causas que a produziram e superando a tentação de ceder às explicações mais fáceis e, consequentemente, incorretas. Significa refletir sobre os erros, ponderar os acertos e construir novas posições – ou dignificar posições anteriores.
Desejo à Governadora Ana Júlia boa coragem. Sua contribuição foi grande e seu futuro está aberto a muitas possibilidades, na continuação de suas lutas e batalhas. Aos amigos e colegas de governo e partidos, desejo a mesma boa coragem, que sei que têm. Essas coisas continuam porque devem continuar, independente de eleições.

Comentários

Blog disse…
Também desejo o mesmo!
Anonymous disse…
Agora o professor pode se dedicar novamente ao curso de comunicação. Tendo tempo e disposição para projetos de pesquisa e extensão para a UFPA. "...como em tudo, se perde e se ganha..."
Sim, de fato poderei me dedicar mais ao curso e ao mestrado, mas observo que, só suspendi meu projeto de pesquisa entre junho de 2007 e setembro de 2008 e que dei aulas no curso de comunicação, regularmente, desde agosto de 2009, além de, sem interrupção, continuar orientando TCCs, dissertações e participado de bancas e seminários.

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