A derrota da candidatura de Ana Júlia à reeleição representa a dissipação de um acúmulo histórico de forças políticas, sociais e, também, econômicas e, nesse sentido, frustra muitas expectativas. Porém, os avanços realizados foram muitos e importantes e a experiência acumulada, tanto pelo PT como pelas pessoas que fizeram parte do governo somarão, espero que em condições mais coletivas, nas lutas do futuro.
Espero continuar a contribuir, sempre publicamente, para com a reflexão sobre a sociedade, a cultura e a política amazônica e paraense e espero fazê-lo de maneira clara e honesta, independente de forças políticas, interesses e percepções localizadas e, sempre, pela ótica do meu compromisso pessoal com as forças progressistas, em especial com o PT. Sem maiores pretensões que não o debate público e a favor da construção de uma política partidária que tenha por base o longo prazo.
Em política, como em tudo, se perde e se ganha, num movimento permanente de esforço e disputa. É preciso ter dignidade na derrota e humildade na vitória. Ter dignidade na derrota significa, em primeiro lugar, aceitá-la com racionalidade, se possível encontrando as causas que a produziram e superando a tentação de ceder às explicações mais fáceis e, consequentemente, incorretas. Significa refletir sobre os erros, ponderar os acertos e construir novas posições – ou dignificar posições anteriores.
Desejo à Governadora Ana Júlia boa coragem. Sua contribuição foi grande e seu futuro está aberto a muitas possibilidades, na continuação de suas lutas e batalhas. Aos amigos e colegas de governo e partidos, desejo a mesma boa coragem, que sei que têm. Essas coisas continuam porque devem continuar, independente de eleições.
Comentários