Além de tudo, no entanto, podemos falar das vitórias alcançadas. Da vitória de Dilma Roussef e do PT, à nível nacional, da vitória de Camilo Capiberibe no vizinho estado do Amapá e de outras vitórias do campo progressista da sociedade brasileira.
Como mencionei aqui no Hupo, tive oportunidade de ajudar no esforço de eleição de Camilo Capiberibe, do senador João Capiberibe no Amapá e na eleição proporcional da coligação PSB-PT nesse estado.
Não pude deixar de aceitar esse convite e isso por dois motivos: a magnitude dos candidatos e o espaço aberto para pensar política para além do campo eleitoral – para pensar política de verdade, de mudança social, com planejamento equilibrado do desenvolvimento. Com conteúdo, em síntese.
Não aceitaria ajudar em candidaturas com as quais não me sentisse à vontade ou com as quais não sentisse afinidade. Não é minha profissão e nem projeto de vida, mas é preciso dizer que, tendo acumulado experiência e ampliado diálogos e percepções, num processo às vezes voluntário e às vezes involuntário, nos últimos anos, contribuir para a construção de dinâmicas políticas honestas e responsáveis se torna uma honra.
Minha ajuda foi no campo da inteligência de campanha: ajudar na elaboração dos eixos programáticos da candidatura, discutir com os partidos o programa de governo, trazer propostas, construir dados e argumentos, produzir números e sínteses, traduzir a política para a comunicação, ajudar na construção da postura do candidato, na leitura de pesquisas e tendências sociais locais, no treinamento para as entrevistas e debates, na construção de eixos lógicos para o discurso, nos roteiros e na macro-estrutura do programa e das inserções de televisão, na desconstrução dos adversários, etc.
Um papel numa engrenagem ampla, num trabalho coletivo azeitado, que me deu oportunidade de trabalhar com gente muito boa, como Chico Cavalcante, Walter Junior, Sérgio Santos, Murilo Caldas, Pedrinho Mantovani, Vicente Cecim, Moisés Magalhães, Luciana Capiberibe e muitos outros.
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