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Presidentes que constroem regimes e presidentes que são gestores

Li um artigo de Antônio Lassance, na semana passada, que dizia que “Há presidentes que são construtores de regimes e outros que são seus gestores”. A frase traduz o processo de passagem do governo Lula para o governo Dilma. Lula desalojou do poder a antiga coalizão PSDB-DEM-PPS, em decadência, por meio de um processo político que foi centrado na inserção mais ampla de 40 milhões de brasileiros no mercado e no campo dos direitos civis. A tarefa de Dilma é menos política e mais tecnocrática: manter sua coalizão unida, certamente, mas a condição para isso é técnica, é avançar na realização das políticas públicas que possibilitam a coesão de suas bases e oferecer respostas a seus eleitores, na forma de ações governamentais. Diz Lassance, também, o seguinte: “São os gestores de regime que desvelam o legado do presidente anterior e desdobram suas realizações”.

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