Li um artigo de Antônio Lassance, na semana passada, que dizia que “Há presidentes que são construtores de regimes e outros que são seus gestores”. A frase traduz o processo de passagem do governo Lula para o governo Dilma. Lula desalojou do poder a antiga coalizão PSDB-DEM-PPS, em decadência, por meio de um processo político que foi centrado na inserção mais ampla de 40 milhões de brasileiros no mercado e no campo dos direitos civis. A tarefa de Dilma é menos política e mais tecnocrática: manter sua coalizão unida, certamente, mas a condição para isso é técnica, é avançar na realização das políticas públicas que possibilitam a coesão de suas bases e oferecer respostas a seus eleitores, na forma de ações governamentais. Diz Lassance, também, o seguinte: “São os gestores de regime que desvelam o legado do presidente anterior e desdobram suas realizações”.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de
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