A equipe executiva presidencial tem, hoje, 37 pastas, entre ministérios e secretarias nas quais o titular tem status de ministro. Os nomes de pelo menos 20 ministros do futuro governo Dilma ainda estão indefinidos. Dos 17 nomes já anunciados, a maioria tem características de indicação política, não técnica, o que indica que o governo Dilma terá personalidade político-partidária prórpia. Na última quarta (6), ela fechou as nomeações dos ministros peemedebistas. Maior partido da base aliada, o PMDB reivindicou cinco ministérios.
Por meio de nota, a presidente anunciou que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) voltará a comandar o Ministério de Minas e Energia no futuro governo; Wagner Rossi permanecerá como ministro da Agricultura; o deputado Pedro Novais (PMDB-MA) vai assumir o Ministério do Turismo; o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) ocupará o Ministério da Previdência; e o ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco vai liderar a Secretaria de Assuntos Estratégicos.
A presidente também se preocupou em reforçar a equipe feminina na futura equipe ministerial. Além do convite a Maria Lúcia Falcón, que vai ocupar o MDA, a jornalista Helena Chagas vai substituir Franklin Martins na Secretaria de Comunicação Social, cargo com status de ministro.
Três mulheres petistas também terão pastas do governo Dilma. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) ficará com a Secretaria de Pesca e Aquicultura, e a deputada Maria do Rosário (PT-RS), vai comandar a Secretaria Especial de Direitos Humanos. Já a atual coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior, foi indicada para o Ministério do Planejamento.
A equipe econômica foi a primeira a ser anunciada. Além de Belchior, terá Guido Mantega no Ministério da Fazenda e o diretor de Normas do Banco Central, Alexandre Tombini, como presidente do BC.
A futura equipe ministerial terá pelo menos dez pessoas que já faziam parte do governo anterior, entre eles o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que será ministro das Comunicações, o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, indicado para a Secretaria Geral da Presidência, e o deputado Antonio Palocci, que retorna à Casa Civil.
A presidente eleita não vai manter o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, na pasta. No entanto, ela deve indicar uma pessoa próxima ao chanceler e que ocupa cargo de destaque no atual governo- o secretário-geral do Itamaraty, Antonio Patriota.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, ficará no cargo. Apesar de ser do PMDB, a indicação dele é considerada da “cota pessoal” de Dilma. Para satisfazer outro partido aliado, o PR, a presidente eleita decidiu trazer de volta ao comando do Ministério dos Transportes o senador Alfredo Nascimento (PR-AM).
Até o momento, o ministério de Dilma tem seis peemedebistas, sete petistas e um integrante do PR - Helena Chagas e Tombini não têm filiação partidária.
Quatro petistas são dados como nomes certos para reforçar a presença do partido no futuro governo. O senador Aloizio Mercandate (PT-SP), que deve assumir o Ministério de Ciência e Tecnologia. O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) pode ficar com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), é cotado para permanecer no cargo ou assumir outro ministério. É bastante possível, também, que o atual ministro da Educação, Fernando Haddad, continue na pasta.
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