O ministro Fernando Haddad sabe o que falta: aumentar o salário do professor do ensino fundamental e do ensino médio. Atualmente, um professor ganha 40% menos do que outros profissionais de nível superior. Ora, sem salários competitivos a escola não vai atrair bons profissionais. E mesmo assim, a mudança não virá rapidamente. Na Alemanha, por exemplo, o governo aumentou significativamente o salário dos professores nos anos 50, mas os resultados, em termos de visibilidade para a sociedade, melhoria do aluno formado, etc, ainda levaram 10 anos para aparecerem.
O Banco Mundial também sabe disso. Num estudo divulgado ontem ele recomendou, ao Brasil, que atraia para a carreira docente os jovens mais talentosos do ensino médio, garantindo profissionais mais qualificados nas salas de aula. O relatório do BM relaciona alguns exemplos de experiências bem-sucedidas na educação, como o pagamento de bônus a professores por bom desempenho, com base no resultado dos alunos nas avaliações. Essa política é adotada em alguns estados, como São Paulo e Minas Gerais, mas é muito criticada pela categoria.
Comentários