O dia de ontem foi de intensa disputa interna no PT. Em jogo, a presidência da Câmara Federal. A eleição, antes dada como certa, do o líder do governo, Cândido Vaccarezza (SP), foi se perdendo diante das candidaturas, negociadas nos corredores e gabinetes, do vice-presidente da Câmara, Marco Maia (RS) e do ex-presidente, Arlindo Chinaglia (SP).
No começo da noite Vacarezza e Chinagli retiraram suas candiudaturas e o partido fechou no nome de Marco maia.
No começo da noite Vacarezza e Chinagli retiraram suas candiudaturas e o partido fechou no nome de Marco maia.
Vacarezza era o favorito de Dilma, mas a insatisfação de petistas que se julgam não contemplados na composição de governo acabaram pesando.
Vacarezza, apesar de nascido na Bahia, foi eleito por S. Paulo e integra a corrente majoritária do partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB).
O que anunciava a virada no jogo era o fato de a Mensagem ao Partido, segunda maior corrente do PT e que tem 23 dos 88 deputados eleitos, desistir de um acordo com a CNB.
As razões disso se devem ao acúmulo de forças pela CNB na montagem do governo. Até agora a corrente de Vacarezza fez oito ministros, contra três da Mensagem.
Um outro movimento político também prejudica a escolha de Vacarezza: oito deputados do PT de Minas Gerais, resolveram, no sábado, apoiar Marco Maia. Esse fato não deixou de provocar desconforto em Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte e nome ainda não confirmado no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Indo para o voto, Vacarezza teria, de 35 a 40 votos. Chinaglia de 30 a 35 e Maia de 20 a 25.
Até o fim da tarde a CNB ainda tentava costurar um acordo interno e partir unida para a disputa. O acordo poderia ser relacionado à escolha da liderança, também disputada por Jilmar Tatto (SP), da corrente PT de Luta e de Massas; José Guimarães (CE), da CNB, e Paulo Teixeira (SP), da Construindo um Novo Brasil.
Marco Maia deverá enfrentar um adversário da oposição (PSDB, DEM e PPS) e outro vindo dos partidos de esquerda (PSB, PDT, PCdoB). Neste caso, os cotados são Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Márcio França (PSB-SP).
Comentários
O deputado Paulo Teixeira faz parte do grupo Mensagem ao Partido -- e não da Construindo um Novo Brasil, conforme está explícito em seu post.
Saudações.