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Um enigma em relação à devastação amazônica

Divulgado ontem que a taxa oficial de desmatamento da Amazônia, em 2010, terá sido a menor da história. Porém, o ritmo de queda caiu em relação ao ano anterior. O governo vai divulgar hoje o número oficial, aparentemente algo próximo aos 6 mil quilômetros quadrados.

Esse número é definido pelo Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), com dados produzidos pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). 

Na verdade, o governo esperava um número menor, algo em torno de 5 mil km2 de devastação. O fator que elevou a meta foi a consolidação de um fenômeno que o Inpe já vinha detectando nos últimos anos, ainda que em escala menor: a concentração da devastação em em pequenas áreas – menores de 50 hectares ou 500 metros quadrados.

Resta definir se esse problema decorre de uma tendência sócio-econômica ou se se trata,  na verdade, da revelação de um processo antigo, cada vez melhor detectado pela tecnologia. Essa pergunta deve ser feita. Caso haja, de fato, uma tendência de devastação em áreas com menos de 50 ha, tem-se um grande problema pela frente, um problema novo, que traz impactos qualitativos, talvez maiores que os causados pelo modelo anterior de devastação.


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