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Mas, para completar, uma nota sobre a Fundação Carlos Gomes na gestão Ana Júlia

Por outro lado, é preciso fazer um mea culpa no governo Ana Júlia. Já fiz votos públicos de fazer um blog equilibrado, que tem posição política, que não pretende a neutralidade, mas que não permite que projetos políticos sejam maiores que projetos de sociedade. Refiro-me, justamente, à política cultural do governo AJ em relação à área musical, de um modo geral e, em particular, em relação à Fundação Carlos Gomes. 

Como disse no post anterior, o relatório da AGE foi produzido logo no primeiro ano do governo e foi encaminhado ao Ministério Público. Portanto, era de conhecimento dos gestores da FCG, do secretário de cultura e da própria governadora. Então, me permito perguntar: porque algumas das pessoas citadas no relatório continuaram em posição de comando, tanto administrativo como de projeto cultural, durante todo o governo AJ? 

Para mim, a resposta é óbvia: por falta de um projeto de política cultural específico para o setor. Há méritos na política cultural da gestão, sobretudo nas relações com o MinC, na participação popular e na democratização do acesso aos recursos públicos, mas este caso é um grande demérito. Não houve elaboração, não houve projeto e não houve coragem. 

Que diferencial o governo AJ trouxe para a FCG? Nenhum, ao que me conste. Que diferencial trouxe a gestão do Teatro da Paz? Nenhum, muito ao contrário. Manteve-se uma política psdbista, personagens psdbistas e práticas psdbistas.

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