A dívida pública herdada por Camilo Capiberibe (PSB) no governo do Amapá é de R$ 1,7 bilhão, o que representa 100% da receita corrente líquida prevista para o estado em 2011. Ontem, Camilo anunciou uma série de medidas para fazer frente a essa dívida, dentre elas suspender as quitações dos restos a pagar e auditar o montante da dívida. Camilo também anunciou que a Procuradoria do Estado vai mover ações de improbidade administrativa e apropriação indébita contra os dois últimos governadores do estado, Waldez Goes (PDT) e Pedro Paulo Dias (PP).
Comentário: o Amapá é um caso absurdo de entranhamento da corrupção no sistema público. Para se ter uma idéia, os quatro últimos secretários de educação chegaram a ser presos e a merenda servida nas escolas é, em geral, suco e bolacha. A saúde pública de lá tem alguns dos piores índices do Brasil. A missão de Camilo é das mais duras, quase que civilizatória. Felizmente escapa do messianismo frouxo dos governantes anteriores.
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