Em relação ao PMDB: A posição política do PMDB é semelhante à que ocupou no começo do governo Ana Júlia e, ao que tudo indica, sua estratégia vai ser semelhante: enunciar, o tempo todo, que não faz parte do centro para poder e quando necessário ou oportuno, questionar a legitimidade do governo e, em o fazendo, ameaçar passar à oposição. Nessa operação o PMDB se cacifa. Cada vez que é atendido, ganha espaço politico e, quando não é, ganha poder de barganha. Será necessário ao governo, para manter a governabilidade, um alto investimento em publicidade nos grandes veículos – Diário e Liberal – no primeiro para honrar a aliança com o PMDB e, no segundo, para conversar uma possibilidade de saída midiática, em caso de emergência.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de
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