Elementos para acompanhar essa história:
1. Descobre-se um rombo de R$ 2 milhões nas contas da Assembléia Legislativa do Estado. O rombo teria sido causado por meio de fraudes em contracheques, gerados em nome de servidores falecidos e de laranjas.
2. A principal suspeita é uma funcionária, Mônica Pinto, que não parece ter exemplar reputação: responde a processo por assédio moral e é acusada de ter fraudado o próprio contracheque para obter empréstimos consignados no banco do Estado.
3. Mônica Pinto foi admitida na Assembleia Legislativa em 1995, quando era presidente o hoje deputado federal e atual chefe da Casa Civil Zenaldo Coutinho (PDSB).
4. A imprensa divulga sua proximidade ao ex-presidente da casa e atual senador, Mário Couto (PSDB).
5. No final de 2007, quando era chefe da Divisão da Folha de Pagamento, foi convidada pelo então presidente da Assembléia, Domingos Juvenil, para responder pela Divisão de Pessoal, onde ficou por dois anos.
6. Em sua fala à imprensa, ontem à noite, Mônica Pinto acusou, como responsável pelo rombo de R$ 2 milhões, o servidor Max Ribeiro, que, segundo ela, respondeu pela chefia da divisão em seu lugar entre o final de 2007 e o final de 2009 e todo o ano de 2010.
7. Max Ribeiro anunciou que não vai comentar o assunto.
8. Acrescente-se o fato de que servidores comissionados não podem se licenciar das funções, mas ainda assim ela se licenciou, no ano passado. Ninguém falou nada.
9. Na sua atuação na Assembléia, Mônica Pinto atuou com plenos poderes: beneficiou alguns e perseguiu outros. Aliás, em função desse segundo quesito, responde a processo, na Justiça, por assédio moral.
A questão principal é a seguinte: Mônica, ou Max, teriam feito tudo isso por si mesmos? Isso parece improvável.
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