O Brasil tem planos de criar, com seus parceiros continentais, uma base sul-americana de defesa que permita à região ter voz no mundo e dissuadir aqueles que pretendem dominar seus recursos naturais, afirmou na segunda-feira, 14, o ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim.
O ministro explicou em Montevidéu, onde se reuniu com o presidente José Mujica e com seu colega uruguaio, Luis Rosadilla, que a política de defesa do Brasil se baseia na cooperação e na integração regional, para que a estratégia da América do Sul possa ser a da dissuasão.
Nesse sentido, Jobim destacou que a política brasileira pretende a formação de uma indústria de defesa regional, na qual existam fortes investimentos dos Estados orientados ao desenvolvimento comum.
Nos últimos tempos o Brasil anunciou um grande desenvolvimento de seu material bélico, que inclui a compra de até 11 navios para patrulha oceânica por quase US$ 6 bilhões, destinados a proteger suas reservas de hidrocarbonetos no Atlântico.
Além disso, também prevê comprar 36 aviões de defesa último modelo em uma concorrência na qual estão a empresa sueca Saab, com seu avião Gripen, a americana Boeing e seu F-18, e a francesa Dassault com o Rafale. O país ainda aguarda a construção de 50 helicópteros militares Super Cougar EC-725, que estão sendo produzidos em uma fábrica brasileira.
Via Estadão.
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