Mas, de fato, gostaria era de recuperar, dentre os seus grande temas, a questão do equívoco entre os limites da subjetividade e os da existência. São os equívocos de Kirkegaard, como seu aconismo, limitando a realidade do ser humano à sua subjetividade.
Equívocos que Clarice Lispector desfazia, quando criava uns mundos tão irrisórios, diante da subjetividade de seus personagens, que não havia como não se pensar na inalcançabilidade (com o perdão da palavra) da existência deles.
O "coração selvagem", por exemplo, sempre me pareceu uma piada a respeito do mundo da vida.
Uma coisa que não precisa dizer ou estar e nem mesmo, simplesmente, ser, porque como se sabe, como nos ensiva Clarice, "tudo que existia forçosamente existia".
Comentários