Sim, faltou que eu fizesse um comentário a respeito dos 100 dias do governo Jatene. Fui cobrado e xingado. Ocorre que o tempo está escasso... Ocorre, também, que tais 100 dias passaram-se em brancas nuvens, algumas delas cruzadas com o Judiciário... Factóides e afins, etc...
Melhor que eu reproduza a análise feita pelos companheiros do blog Proposta Democrática 13. Eles foram no âmago:
Melhor que eu reproduza a análise feita pelos companheiros do blog Proposta Democrática 13. Eles foram no âmago:
Os cem dias são historicamente notáveis para os diversos governos. Desde o presidente americano Roosevelt, cujo discurso de cem dias de seu primeiro governo, em 1933, ficou famoso, considerando o momento histórico e o impacto sobre o americano médio, num momento de crise aguda da economia capitalista estadunidense.
Nos cem dias de governo, geralmente já se dispõe de diagnóstico e projetam-se as metas principais a ser alcançada, isso caso o programa de governo já exista ou tenha se construído ao longo da disputa eleitoral ou pós-disputa eleitoral.
Deve-se observar que a existência dos “cem dias de governo” é midiática, sendo que a imprensa busca estabelecer certa agenda a ser cumprida pelos governantes. O poder que a mídia exerce relaciona-se a essa pauta que os seus interesses impõem ao poder político.
Esse poder midiático age em conformidade as suas afinidades, poderá cobrar ou não nos cem, cento e um ou mil dias dos poderes ou agentes políticos no executivo governamental. Não há como separar os interesses econômicos e ideológicos da maior ou menor conveniência do uso das páginas de jornal, entrevistas televisivas ou comunicação direta via rádio.
O que temos no Pará é a completa unanimidade de interesses: não há criticas porque nada há a se criticar. A segurança pública, como um passe de mágica, resolveu todos os problemas; a Santa Casa e a saúde pública, no que compete ao governo estadual, estão entregue a gerência divina, a tal ponto que é um “ultraje” falar em fatos que a menos de um ano esses mesmos meios de comunicação banalizavam: por encantamento não há mais falecimentos neonatais no Pará.
Bem, os exemplos podem continuar, porém não vamos encher nossos leitores. Sabemos todos, o quanto o uso desbragado de isentar e condenar tem o quarto poder.
Entretanto, vale a pergunta: o que o governo Jatene mostrou ou propôs nos seus cem primeiros dias? Uma breve busca nas matérias divulgadas nos dois jornalões locais nos permite afirmar que a tônica foi à continuidade do discurso eleitoral, o denuncismo apoiado em factoides criados pela própria imprensa, que desde sempre buscou apoiar privilegiadamente o tucanato.
Ausência programática durante a campanha e que se manteve mesmo na mensagem de abertura do ano legislativo, somente apimentado pelo batido e conveniente discurso da “herança maldita”. Discurso tão incipiente que, poucos dias depois, era enviado para Alepa pedido de empréstimo (R$ 189 milhões), prontamente atendido pelos Deputados e nada mais se falou do tão decantado “rombo” nas contas públicas. Diga-se, o “rombo” deixado pelo próprio Jatene faliu o Pará em 2006, reconhecido pelos técnicos do próprio TCE, o novo governo que se instalou em 2007 não fez o uso político devido, seja pela percepção de que o melhor a fazer fosse aprovar um novo “Programa de Ajuste Fiscal” (PAF) e garantir os financiamentos para as obras tão necessárias como “Ação Metrópole”, seja por certa dose de ingenuidade na disputa política.
Não é o caso do tucanato, acostumados a todos os meandros e malandragens do poder político paraense, buscam usar ao máximo a tônica da “herança maldita” e com a imprensa toda ela devidamente “convertida”, fica muito fácil não ter programa, proposta e assim mesmo governar MUITO BEM!
De um modo geral os diversos Secretários têm tido dificuldade de apontar metas, mesmo que sejam de curto prazo, considerando que o tempo de exercício de governo ainda não permitiu formulações mais elaboradas.
Ficar calado, considerando a ajuda dos demais poderes, uma imprensa que ajuda e uma oposição que até aqui ainda não se mostrou, parece ser a fórmula dos Cem dias Sem nada do governo Jatene.
Comentários
bjs
Marina
Ninguém diz que ele já completou cem dias. Puxa, o tempo passa e a gente nem sente, né? Também o que ele fez mesmo? enquadrou a mídia... por onde é que isso tá saindo, eis a questão.
abração.
L.
" Direção do Banpará instala o terror e persegue funcionários por motivos políticos
Está lançada a temporada do terror no Banpará. Sem outra motivação, que não seja a mais abominável p..."
http://www.bancariospa.org.br/
Abs
L.