Pular para o conteúdo principal

Os custos da banda larga

A carga tributária sobre a internet banda larga que chega a 40% no Brasil e a infraestrutura inadequada em alguns estados são dois dos principais desafios para baratear os custos do serviço no país. A conclusão é de um estudo divulgado ontem (28) pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). 

Segundo a pesquisa, o custo da internet de 10 megabytes por segundo (Mbps, a medida de velocidade de transmissão de dados) para empresas no Brasil é de US$ 63,60, mais caro do que o oferecido por países como a Alemanha (US$ 56,90), o Chile (US$ 51,60) e Taiwan (US$ 41,40). O valor cobrado no Brasil, entretanto, é mais barato do que o oferecido pela Rússia (US$ 1.832,80), China (US$ 378,30) e pelo México (US$ 164,80). 

No caso da internet de 100 Mbps, o custo no Brasil é de US$ 320, superior aos US$ 310 dos Estados Unidos, aos US$ 231 de Singapura e aos US$ 189 da China. Para a internet de 1 Mbps, a mais lenta, o Brasil tem um custo (US$ 42,80), valor maior que o de países como a Índia (US$ 42,10), a Argentina (US$ 41,30) e o México (US$ 16,50). 

Além de oferecer o serviço com um preço menos competitivo do que o de outros países, o Brasil tem metas bem menos ambiciosas do que eles. Enquanto a Coreia do Sul, segundo a Firjan, quer oferecer acesso universal de 1 gigabit por segundo, isto é, 1.000 Mbps, até 2013, o Brasil tem a meta de oferecer acesso de 1 Mbps a escolas, bibliotecas e unidades de saúde, somente em 2025. 

Via O Globo.

“A gente precisa acelerar muito o nosso passo. Hoje não temos um programa claro que defina compromissos de investimentos e metas arrojadas. Se essa realidade não for mudada, vamos ficar atrás de nossos concorrentes. A tributação é extremamente excessiva no Brasil. O Plano Nacional de Banda Larga prevê desoneração para acessos residenciais que custem até R$ 30. Além do baixo valor do plano, que é compatível apenas para velocidades baixas de internet, há uma exclusão do setor empresarial”, afirmou o gerente de Infraestrutura da Firjan, Cristiano Prado. 

Segundo ele, o imposto sobre banda larga no Japão é de 5% e na Argentina, de 27%. Além de reduzir os impostos no Brasil, um dos desafios para melhorar o acesso à internet banda larga no país, segundo a Firjan, é investir em linhas troncais (linhas principais) de fibra ótica e em suas ramificações, nos diversos estados.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de

Leilão de Belo Monte adiado

No Valor Econômico de hoje, Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, informa que o leilão das obras de Belo Monte, inicialmente previsto para 21 de dezembro, será adiado para o começo de 2010. A razão seria a demora na licença prévia, conferida pelo Ibama. Belo monte vai gerar 11,2 mil megawatts (MW) e começa a funcionar, parcialmente, em 2014.

Ariano Suassuna e os computadores

“ Dizem que eu não gosto de computadores. Eu digo que eles é que não gostam de mim. Querem ver? Fui escrever meu nome completo: Ariano Vilar Suassuna. O computador tem uma espécie de sistema que rejeita as palavras quando acha que elas estão erradas e sugere o que, no entender dele, computador, seria o certo   Pois bem, quando escrevi Ariano, ele aceitou normalmente. Quando eu escrevi Vilar, ele rejeitou e sugeriu que fosse substituída por Vilão. E quando eu escrevi Suassuna, não sei se pela quantidade de “s”, o computador rejeitou e substituiu por “Assassino”. Então, vejam, não sou eu que não gosto de computadores, eles é que não gostam de mim. ”