Pular para o conteúdo principal

O problema da corrupção está na índole dos políticos ou na estrutura da administração pública do país?

A revista Carta Capital pergunta, na sua última edição: o problema da corrupção está na índole dos políticos ou na estrutura da administração pública do país? Valeriano Costa, doutor em sociologia, professor Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e especialista em cultura política, entrevistado pela revista, respondeu que o loteamento de postos no governo para aliados é o núcleo da corrupção. 

Disse ele: “É preciso haver politização nas estruturas governamentais, mas no Brasil não se sabe mais o que é vínculo entre a política e a administração. É preciso haver uma separação mínima entre essas partes e saber até onde pode haver políticos na estrutura”.

Costa afirma que a criação do sistema DAS (Direção e Assessoramento Superior), cargos de natureza especial que podem ser nomeados, eliminaram a clareza de que os postos administrativos deveriam ser concursados. “Há cargos que são puramente burocráticos e não poderiam sofrer influência política. Eles viraram uma espécie de bonificação”.

Por isso, de acordo com Costa, os partidos agem de má fé ao se interessarem pelos cargos do baixo escalão do governo. “Esses locais cuidam da distribuição de recursos e não das decisões. É o filé mignon da administração pública”.

O sociólogo ainda aponta o modelo de administração pública dos EUA como uma opção alternativa ao utilizado no Brasil, afirma que os sistemas de controle desses órgãos não conseguem evitar danos e decreta: o Brasil precisa de uma reforma estrutural na administração pública para eliminar a corrupção.

Concordo plenamente. Leia a íntegra aqui.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de

Leilão de Belo Monte adiado

No Valor Econômico de hoje, Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, informa que o leilão das obras de Belo Monte, inicialmente previsto para 21 de dezembro, será adiado para o começo de 2010. A razão seria a demora na licença prévia, conferida pelo Ibama. Belo monte vai gerar 11,2 mil megawatts (MW) e começa a funcionar, parcialmente, em 2014.

Ariano Suassuna e os computadores

“ Dizem que eu não gosto de computadores. Eu digo que eles é que não gostam de mim. Querem ver? Fui escrever meu nome completo: Ariano Vilar Suassuna. O computador tem uma espécie de sistema que rejeita as palavras quando acha que elas estão erradas e sugere o que, no entender dele, computador, seria o certo   Pois bem, quando escrevi Ariano, ele aceitou normalmente. Quando eu escrevi Vilar, ele rejeitou e sugeriu que fosse substituída por Vilão. E quando eu escrevi Suassuna, não sei se pela quantidade de “s”, o computador rejeitou e substituiu por “Assassino”. Então, vejam, não sou eu que não gosto de computadores, eles é que não gostam de mim. ”