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A mesquinhez do jornalismo: o factóide sobre a inelegibilidade de Ana Júlia 2

A pergunta que deve ser feita, nesse caso, é a seguinte: Haveria razões para essa operação, tão arriscada? O que motivaria a tentativa de tirar proveito de uma decisão do TRE, interpretá-la erroneamente (com consciência do fato) e produzir o factóide? 

Penso que o seguinte: a notícia, surgida há alguns dias, de que o ex-Governador Almir Gabriel pretende disputar as eleições para prefeito de Belém, em 2012, provoca uma alteração sensível do cenário eleitoral imaginado pelos tucanos e, também, pelo PMDB. Afinal, é um nome que disputa votos, justamente, na base tucana. Se contar com apoio do prefeito Duciomar Costa (um apoio estrutural, digamos), então, se torna uma candidatura altamente nociva para o projeto do Governo de fazer o próximo prefeito da capital - sonho antigo do PSDB.

Nessa conjuntura, com um plano eleitoral dividido, abre-se um espaço inesperado para o PT. Um espaço que alguns podem estar interpretando como favorável a um reposicionamento político de Ana Júlia - o nome mais conhecido do partido. Mas um espaço que também pode ser favorável a outros candidatos petistas, como o deputado Bordalo e o vereador Alfredo Costa, que são nomes já lançados.

As operações-factóide, a contra-informação da imprensa local, sugerem que há gente muito preocupada por aí.

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