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Se aprovado o voto distrital (como quer o PSDB do governador Jatene) o Amapá passaria a ter 2 deputados federais. E o mesmo aconteceria com Carajás e Tapajós, caso criados.

Ótimo artigo de Marcos Coimbra na Carta Capital sobre as dificuldades que podem ser trazidas pelo voto distrital, se ele for implantado, como deseja o PSDB e seus aliados. Seguindo o raciocínio de Coimbra, olhem só: se o país tem 513 deputados federais supõem-se que será dividido em 513 distritos eleitorais, não é? Ok, só que 

Ok, só que há 1.059 deputados estaduais. Então pergunta-se: os distritos seriam diferentes? O Brasil inventaria o "voto distrital proporcional" para acomodar tantos deputados estaduais? Haveria municípios agrupados na eleição para a Câmara, mas separados na estadual? Teríamos, também, de concordar com o tamanho dos distritos.

Coimbra também indaga sobre o tamanho dos distritos. Dividindo os 135,8 milhões de eleitores brasileiros por 513 haveria 265 mil eleitores em cada distrito. Dessa maneira, por exemplo, o número de deputados federais do Amapá, do Acre, de Roraima e do Tocantins (e do Tapajós e do Carajás, caso existam) deixaria de ser de 8 e passaria para apenas 2. O de Rondônia passara a 4. Por outro lado o número de deputados de São Paulo dobraria.

Que tal?

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