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Suponho que a defesa mais progressista e universalista do Pará grande esteja mais sensibilizada para a necessidade de superar as limitações dessa representação, mas, ainda assim, creio, essa superação condicionada à possibilidade de concretizar auto-superações criativas e de estabelecer confrontos públicos que, mesmo no contexto do debate engendrado pelo plebiscito sobre a divisão, não tenho certeza se está acontecendo.
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Suponho que a defesa mais progressista e universalista do Pará grande esteja mais sensibilizada para a necessidade de superar as limitações dessa representação, mas, ainda assim, creio, essa superação condicionada à possibilidade de concretizar auto-superações criativas e de estabelecer confrontos públicos que, mesmo no contexto do debate engendrado pelo plebiscito sobre a divisão, não tenho certeza se está acontecendo.
Em resumo, a cultura de que se fala, nas representações sociais do termo – a cultura tematizada no debate sobre a divisão, não equivale à mesma coisa a que se pode, cientificamente, chamar de cultura. Acho fundamental frisar esse ponto, essa situação, para que possamos avançar a reflexão e, no contexto futuro de um Pará inteiro ou fracionado, possamos, nós, paraenses, estabelecer nossa percepção para o que chamamos de sociedade.
O fundamental, penso, é perceber que aquilo a que chamamos cultura ainda é uma pálida sombra dos processos culturais reais.
A má notícia, ou a pior, dadas as circunstâncias, é que a representação social corrente da noção de identidade se dá de maneira similar e análoga. O que gera um novo padrão de desenganos a resolver.
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