Mapas de conexões virtuais já vimos muitos. Este, porém, tem um componente novo: ele projeta, no noturno do planeta, a conexões estabelecidas no Twitter... por idioma. Cada língua ganhou uma cor específica. A escuridão da vasta Rússia forma redes com largos espaços vagos, ao contrário das densas Holanda e Inglaterra:
Há várias curiosidades: a densa conexão do,litoral português contrasta com o interior nacional, formando um hiato entre esse país e a Espanha. Por outro lado, neste, percebe-se, no detalhe, a importância do catalão, fazendo frente ao espanhol:
E, por outro lado, essas cores assinalam alguns fatos culturais notáveis. O primeiro deles: por causa da intensidade do Twitter a internet está se tornando menos americana e menos... anglófona. Por que? Porque o Twitter intensifica - e potencializa, portanto - a comunicação, num plano mais geral, e a comunicação em idioma materno, o primeiro idioma, o que é fato importante em certos locais do planeta, notavelmente na Europa, onde uma porcentagem imensa de pessoas é bilingue ou trilingue.
O segundo fato cultural é que esse fenômeno de intensificação (vamos fazer uma sociologia da intensidade cultural? - que acham?) amplia a participação de "unique users" não americanos. Eles eram 62% em junho de 2009 e são 50% em outubro de 2011. Que isso significa? Diversidade: mais gente está se comunicando.
Os contrastes da diversidade são belos. Vejam este:
Outro dado indicado por essa pesquisa é a proporcionalidade do uso do Twitter pelos falantes de cada língua, em cada país. O recorde pertence à Holanda, onde 22% dos falantes de holandês e que possuem acesso à internet, usam o Twitter. O Brasil vem logo atrás, com 21,5%; mas é preciso considerar que a imensa exclusão digital do nosso país diminui bastante o impacto desse percentual aparentemente alto. Nos EUA esse número é de apenas 8%, mas isso, pelas artes da proporcionalidade, representa muito.
Mas não tudo, afinal a maioria dos Tweets enviados diariamente no planeta, como vimos, já não são em inglês.
E ainda tem gente que substima o Twitter como instrumento de impacto sóciocultural...
A datação foi produzida por Eric Fischer, a partir do software desenvolvido por Mike McCandless. Veja mais aqui.
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