A impressão de estar entre o mito e a fronteira, com as adjetivações e variações que acompanham esses termos, foi uma experiência recorrente para quem vivia em Belém, bem como em outras cidades e espaços amazônicos, nas últimas décadas do século XX. Vivenciava-se, então, uma experiência de rápida integração da Amazônia ao espaço nacional brasileiro. A violência dessa integração, com seus capitais, transumâncias, devastações e “grandes projetos”, provocava sentimentos ambivalentes em quem pertencia à Amazônia e julgava que ela a si pertencia. Uma invasão subjetiva, com esferas de arrogância, determinismo e contradição.
Tratava-se, em primeiro plano, desse sentimento ambivalente de perceber a fronteirização do mundo próprio, o avanço do outro sobre o pretenso si-mesmo coletivo.
Em plano decorrencial, tratava-se de empreender estratégias de verificação, verisdição e afirmação desse si-mesmo coletivo. Tratava-se de reorganizar o campo do mito como forma de resistência aos avanços da fronteira.
Lançamento dia 7 de setembro, quarta-feira, a partir das 19h, na Fox Vídeo da Dr. Moraes.
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