Um candidato grupuscular. É assim que se deve entender Jacques Cheminade. Seu partido, o Solidariedade e Progresso, é um micro partido que recebeu 0,28% dos votos nas eleições de 1995, quando, pela primeira e única vez antes de 2012, concorreu às presidenciais. Também com Cheminade.
De quem, aliás, não se sabe muito. Nativo de Buenos Aires, antigo aluno da prestigiosa Escola Nacional de Administração (ENA), suas principais propostas são criar uma nova moeda, o euro-franc; retirar a França do FMI e da OMC e intensificar as relações diplomáticas com a... Eurásia!
Um candidato divertido. Querem mais? O sujeito desenvolve as teses de que a Rainha Elizabeth II é a cabeça do tráfico internacional de drogas, de que o Reino Unido foi responsável pela ascensão de Hitler ao poder e de que os Beatles foram uma criação do serviço secreto britânico.
Observaram bem: para ele, os males do mundo sempre emanam da Inglaterra. É a forma mais contemporânea da ancestral rixa franco-britânica.
Não é à toa que Cheminade é muito citado pelo famoso site de observação das teorias do complô, o Conspiracywatch, que o define como um “negacionista assumido”.
Ah, para terminar, o sujeito colocou no seu programa que a França tem “o imperativo moral de colonizar a Lua e Marte”.
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