O fato é que, desde o comício da Bastilha, Mélenchon não para de crescer. Na última sexta-feira, uma pesquisa do instituto CSA o apontou na terceira posição, com 15% dos votos, contra 13% da líder da Frente Nacional, a ultraconservadora Marine Le Pen.
Para Hollande e os socialistas esse crescimento é preocupante, porque rouba votos que antes seriam seus. Pela mesma pesquisa, por exemplo, o presidente assume a liderança da disputa, com cerca de 30% da preferência, ultrapassando Hollande, que até então vinha liderando o pleito, que passa a 29%. Não obstante, a vantagem do candidato socialista no segundo turno permanece inalterada, com a perspectiva de vitória por 54% dos votos, contra 46% de Sarkozy, de acordo com o CSA. Sarkozy tenta expandir a diferença em relação a Hollande no primeiro turno, para passar ao eleitorado a sensação de que a reversão é impossível.
A tendência é de reedição da votação de 1981, quando o socialista François Mitterrand perdeu o primeiro turno para o então presidente de centro-direita, Valéry Giscard d’Estaing, por 28,32% a 25,85%. No segundo, venceu por 51,76% contra 48,24% – graças à reserva de votos da esquerda.
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