Philippe Poutou, operário em uma fábrica de montagem automobilística Ford, é o candidato do mais novo partido francês, o Nouveau Parti Anticapitaliste (NPA). Ele sucede o muito midiático candidato-carteira das duas últimas eleições, Olivier Besancenot, que decidiu não sair candidato para demonstrar que a política precisa ser pensada coletivamente, e não a partir de indivíduos.
Aos 44 ans, Philippe Poutou se levanta às 5, entra na usina uma hora mais tarde e sai às 14 para fazer sua campanha. Seu salário: 1.800 euros por mês.
O lema de sua campanha explica diretamente sua posição em relação à crise européia: Os capitalistas que paguem por sua crise (“Aux capitalistes de payer leurs crises”). É uma boa idéia, afinal, mas há as batalhas pelo meio do caminho.
Poutou não terá muitos votos. Há um programa forte, mas é claro que a imprecisão transmitida por um partido que tem um nome como o que tem, exige um esforço de comunicação política gigantesco.
Dele, era esperado um pouco mais de agressividade. Em falta dela, não convence de todo. Poutou está mais para um candidato do Partido Verde. A um “anticapitalista” se esperava um brado mais retumbante...
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