O protesto dos
artistas paraenses - e a consequente reunião para discutir os problemas da
categoria - é um acontecimento importante, que merece ser acompanhado com
atenção, por tudo o que representa, não apenas para o campo cultural como
também para a política em geral. Bom, é claro que tenho algo a dizer sobre
isso, o que vou fazer numa série de notas, que vou ir publicando aqui e la no
Facebook.
Discutir cultura é
fundamental, no estado do Pará, por várias razões. Dentre elas, gostaria de
apontar duas, que me parecem as mais importantes e que se completam:
1 – A “questão
cultural” é um tema maior do estado do Pará, porque, aqui, tem produzido
grandes dúvidas, angústias e incertezas. Mais do que em muitos lugares, no Pará
a cultura tem o poder de pautar a política, a identidade e a compreensão da
história.
2 – A política
cultural do PSDB, comandada por Paulo Chaves, é a síntese de um modelo elitista
histórico, cujo maior representante contemporâneo é PSDB mas que, bem mais que
isso, sintetiza um modelo de opressão social presente em toda a história da
Amazônia.
A confluência dessas
duas questões – a primeira muito ampla e a segunda conjuntural – ajuda a
compreender o protesto, ocorrido durante a mostra Terruá, na última 3a-feira.
Se não o viram, o link é este.
Bom, o que seguem
são algumas observações a respeito: da política cultural no Pará, do
autoritarismo da política cultural do PSDB, da questão da participação da
sociedade civil na construção da política cultural e do protesto dos artistas
paraenses.
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