O mercado da comunicação está se
transformando rapidamente com a entrada em cena das teles e das redes sociais.
Isso cria um jogo complexo, que muda as regras (e vícios) tradicionais e
instala novos cenários e problemas.
Interessante nota a respeito disso no
blog do Luis
Nassif.
Tomo a liberdade de sintetizar suas duas observações quando aos
vícios do modelo de mercado tradicional e sua observação sobre um dos grandes
problemas colocados pelos novos atores:
Vício 1: O modelo de mercado da mídia, no Brasil, se funda num
processo fraco de aferição de audiência: o IVC (Instituto Verificador de
Circulação) para a mídia impressa e o IBOPE, para a mídia televisiva e radiofônica.
Esse modelo exclui, simplesmente, os pequenos veículos, que não têm condições
de bancar a filiação a um dos dois serviços.
Vício 2: A prática de cartelização junto às agências de
publicidade, por meio dos chamados BVs (Bônus de Veiculação) pelos quais os
grandes grupos instituíam tabelas progressivas de remuneração das agências de
publicidade, de acordo com o volume de negócios que trouxessem.
Problema dos novos atores: Teles e redes sociais (Facebook,
Twitter, etc) representam riscos efetivos à segurança interna de todos os
países, pois ambos os domínios (os endereços na Internet) são www, regulados,
portanto, pelo governo norte-americano. Com tal poder, o governo pode vasculhar
o que quiser, de comunicação individual a manifestações políticas, de grupos de
ativistas à área pública.
Sobre a questão da necessidade de regulamentar a Comunicação e sobre outros temas, sugiro meu livro Comunicação, Poder e Democracia.
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