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Pelo diploma 5

E para que não venham rebater meus argumentos com a eterna repetição das mesmas frases feitas sobre competência técnica como critério preponderante, quero deixar claro o seguinte: penso que todo curso de comunicação precisa desenvolver sua prática laboratorial, bem como as competências técnicas dos seus alunos e que a troca com o mercado é fundamental. Mas não concordo que isso deve constituir o critério dominante de um curso de comunicação e nem que a obrigatoriedade do diploma seja questionada em função de uma atribuição axiológica sobre competência técnica.

Comentários

Anônimo disse…
A competencia é sim axiológica.
Exemplo notório é o atual desgoverno PTista mo Pará.
Anônimo disse…
A competencia é sim axiológica.
Exemplo notório é o atual desgoverno PTista mo Pará.
hupomnemata disse…
Anônimo das 16:45, releia a frase. Obvio que competência técnica é um critério axiológico. O que eu disse é que é uma axiologia excessivamente ditada pelo mercado - e por um mercado canalha. É por isso que não concordo que seja o critério dominante para a elaboração da grade de estudos de um curso como comunicação e nem que a obrigatoriedade do diploma seja questionada em função dessa axiologia. E por que digo isso? Repito: Porque se trata de uma escala de valores centrada no mercado. Penso que precisamos superar a percepção de que a comunicação é uma exclusivamente "técnica" porque essa palavra, no caso da comunicação, está açodada pela noção de mercado. Me diga por que a maioria das especialidades da medicina não é compreendida "tecnicamente" por valores ditados do mercado? Porque a medicina é, também, uma atividade socialmente importante. Ainda assim, há setores da medicina que são mensurados enquanto competência técnica para o mercado - parte da cirurgia plástica, por exemplo. E quanto ao que vc fala sobre o PT... só mesmo uma axiologia do ressentimento e do preconceito. E também isso está além do mercado...
Terceira Margem disse…
Professor Fábio,
Primeiramente, é bom saber que o blog está de volta.
Acredito que todos seus argumentos são válidos para defender o diploma. No entanto,talvez alguém que tenha boa instrução - seja esse alguém formado em economia,engenharia ou vá lá, alguma escola de culinária - possa entender esses mecanismo de poder citados pelo senhor como um dos objetivos principais na formação do graduando de comunicação.
Acredito que a exigência do diploma é dispensável, pois várias pessoas podem exercer a função,bastando apenas ter propriedade sobre o que escrevem.Há o risco que o senhor observou dos grandes grupos contratarem apenas quem se dispõe a "vestir a camisa", mas talvez essa seja uma escolha do leitor de dizer sim ou não para o produto dessas companhias.
A verdade é que provavelmente haverá um protecionismo da classe nas contratações.

abraços professor.

att.Hyury
Anônimo disse…
Professor, Tô acompanhando esse debate com essa pessoa ai da 16h45. Parece que é o mesmo que precisa se afirmar no mercado sem diploma mesmo. O bom é que ele é meio burrinho mesmo, e ainda levanta a bola para o senhor cortar.

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