A aula será dedicada à leitura de alguns trechos – e à reflexão sobre eles – do primeiro texto indicado em nossa bibliografia obrigatória, o segundo capítulo de “Tudo que é sólido desmancha no ar”, de Marshall Berman. Nesse texto, Berman discute a possibilidade de uma leitura não ortodoxa do “Manifesto do Partido Comunista”, de Marx. No bojo dessa proposição está a possibilidade de vislumbrar um Marx “modernista”, por oposição ao Marx eminentemente economista, que opera uma denúncia fria dos fenômenos da modernidade. A reflexão de Berman parte da frase de Marx, encontrada no Manifesto, que descreve a modernidade como, justamente, um momento no qual “tudo que é sólido desmancha no ar”. Partiremos dessa proposição para estabelecer vínculos com os temas desenvolvidos nas aulas anteriores, notadamente a sensação de desumanização que decorre da experiência social de individuação.
Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa. Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...
Comentários