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Mostrando postagens com o rótulo Confraria do Mururé

Conversa com Edmilson 2

No campo da política lato sensu - digamos - conversamos sobre a reforma política. Edmilson disse que o ideal seria convocar uma Constituinte para fazê-la, porque isso daria melhores condições de envolvimento e participação da sociedade, garantindo mais qualidade e mais controle dos interesses realmente democráticos, mas também observou que não há clima para essa convocação. Perguntei-lhe como via a extensão, tão aberta, e talvez excessivamente aberta, do arco de alianças políticas que o PSOL do Amapá fez para eleger seu candidato ao senado, Randolfe Rodrigues e, em seguida, perguntei se seria possível pensar num arco de alianças igualmente amplo em torno de sua possível candidatura à prefeitura de Belém, em 2012. Edmilson respondeu que o PSOL, em geral, estava evoluindo na direção de uma maior abertura para o diálogo político, e que a eleição no Amapá era um sinal disso. Também disse que o discurso de fechamento político para alianças que escapassem dos limites do PSTU e do ...

Conversa com Edmilson 1

Nossa confraria de discussão política tomou café da manhã, hoje, com o ex-prefeito de Belém e atual deputado estadual, pelo PSOL, Edmilson Rodrigues. Sabem o que é incrível? A diferença que há em conversar com um político que entende, realmente, de questões urbanas. A pauta da conversa foi dominada por questões pragmáticas do planejamento urbano, deixando as questões de conjuntura política e eleitoral em segundo plano. Conversou-se sobre transporte público, densidade do trânsito, questão portuária, política para a economia informal, descentramento do comércio, plano diretor, estrutura da orla, estabelecimento de limites para a altura de prédios e outros assuntos análogos. Edmilson tem uma reflexão para cada um desses assuntos. Não apenas, certamente, porque é arquiteto, mas sim porque compreende que a política é um jogo entre o stricto sensu do fazer empírico e o lato sensu da disputa partidária, eleitoral e midiática.

A confraria do Mururé 3

Eu e meus amigos da Confraria do Mururé concordamos numa coisa: há um déficit de representação política do Pará. Essa é a mensagem passada pela votação dada ao deputado Arnaldo Jordy e à senadora Marinor Brito, tal como, aliás, eu comentei aqui , meses atrás. É um voto que vem de uma camada da população que não aceita mais uma política que seja feita como projeto de poder. Uma camada da população que, sufocada pela péssima, a bárbara administração do prefeito Duciomar Costa, mas também por uma frustração em relação a PT que governa e se elege como projeto de poder, começa a exigir um projeto diferente. O que seria um projeto diferente? Um projeto de sociedade, e não, meramente, um projeto de poder. Essa situação permite pensar que, em 2012, há forte chance de que a sociedade leve, ao segundo turno, alguém com esse perfil. Edmilson, Jordy, Marinor, algum nome assim, alguém cuja figura pública possa ser apropriada, pelo imaginário eleitoral, como alguém que tem um projeto de sociedade...

A Confraria do Mururé 2

Hoje de manhã tivemos a presença de um recém eleito deputado federal. De um deputado muito bem votado. Foi um dos que tiveram uma votação surpreendente, inesperadamente alta, o que o coloca bem posicionado na configuração eleitoral de 2012. Se não o candidato de seu partido e aliança, alguém que a influenciará decisivamente. É cedo para falar nisso? Não, porque a cena política se acomoda conforme as conjunturas do porvir. Os atores dessa cena vão tomando posição de acordo com os cenários próximos e a conjuntura do presente precisa levar em consideração, por uma questão de sobrevivência, o cenário possível do próximo «momento da verdade», no caso, as eleições de 2012. Muito a falar por aqui, compromisso de aos-poucos. Blogs servem para isso, para debater e formar o espaço publico. Tal como conversas, grupos, confrarias… Precisamos politizar a vida civil, recuperando espaços perdidos para partidos e que partidos, infelizmente, tendem a botar a perder. Continuemos.

A confraria do Mururé

Como disse, é às terças reúno-me com alguns bons amigos para um café da manhã e uma conversa sobre política. É um grupo que agrega nomes ilustres, dentre cientistas politicos e ex-ocupantes de cargos públicos. Chamamo-lo «Grupo do Mururé». Não que haja uma pretensão regionalista nele, considerando que essa vegetação, tão típica dos nossos rios, já nomeou, antes, o lugar comum do apreço local. A sugestão do nome partiu de um dos nossos colegas, que identifica o mururé como uma plantinha que vai daqui àli, ouvindo, escutando, trocando historias, sempre navegando, sempre fazendo juízo, sempre se informando.  Dia desses contaram-nos que a planta já nomeou outra confraria, que se reunia às vésperas de começar o governo Fernando Guilhon, nos anos 70, para falar de politica. Dessa vez o nome vinha do lugar onde aconteciam as reuniões: o edifício Mururé, em Belém. Conta-se que uma parte do governo Guilhon foi formada lá e que nessas reuniões muito se decidiu sobre os projetos desse govern...