Pular para o conteúdo principal

Jornalismo e representações sociais

Encontrei um interessante editorial, no jornal americano The Sun Herald, intitulado “Journalism has its share of myths, too'”. Fala sobre as representações sociais do jornalismo e dos jornalistas, assinalando o fato básico que, penso, constitui o problema central de toda sociologia da mídia: o fato de que jornalistas não são, efetivamente, super heróis da realidade. O conhecimento deles é, também, um conhecimento mediado e midiatizado. Diz o editorial que as principais dessas representações são
- Reporters are liberals.
- Reporters are secular, even anti-religion.
- The press tells only part of the story.
- The press gets nothing right.
- Reporters run in packs, are aggressive, intrusive and rude.
- Journalists are underpaid.
A conclusão do texto é brilhante e devia inspirar todo aluno de Comunicação: "The big picture is that it breaks my heart to know that many young people who would make great journalists won't even think about trying it because of erroneous harangues about what a disreputable way it is to make a living.I don't mind saying it because Thomas Jefferson said it first: Communication - an informed public - is not optional in a democracy. If people don't know what's going on, freedom is an illusion.Good reporters are not scum. They are communicators. We need more".

Comentários

Anônimo disse…
CONVITE

AMIGOS BLOGUEIROS, a Carolina Jinkings incluiu, na programação desta sexta-feira, um encontro para falar sobre BLOGS.

O Juvêncio Arruda(Quinta Emenda), estará na Livraria Jinkings da Tamoios, a partir das 19h00, desta sexta-feira, dia 09 de março, conversando com os alunos da Faculdade de Tecnologia da Amazônia(FAZ), do curso de Comunicação Institucional, turma 711, na disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa.

ESTÃO TODOS CONVIDADOS!

Com certeza será uma noite agradável e educativa. A experiência de vocês será válida. Principalmente para os alunos que estão ansiosos em conhecê-los pessoalmente.

Abraços, Cristina Moreno.

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...

Solicitei meu descredenciamento do Ppgcom

Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa.     Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...

Comentário sobre o Ministério das Relações Exteriores do governo Lula

Já se sabe que o retorno de Lula à chefia do Estado brasileiro constitui um evento maior do cenário global. E não apenas porque significa a implosão da política externa criminosa, perigosa e constrangedora de Bolsonaro. Também porque significa o retorno de um player maior no mundo multilateral. O papel de Lula e de sua diplomacia são reconhecidos globalmente e, como se sabe, eles projetam o Brasil como um país central na geopolítica mundial, notadamente em torno da construção de um Estado-agente de negociação, capaz de mediar conflitos potenciais e de construir cenas de pragmatismo que interrompem escaladas geopolíticas perigosas.  Esse papel é bem reconhecido internacionalmente e é por isso que foi muito significativa a presença, na posse de Lula, de um número de representantes oficiais estrangeiros quatro vezes superior àquele havido na posse de seu antecessor.  Lembremos, por exemplo, da capa e da reportagem de 14 páginas publicados pela revista britânica The Economist , em...