Não se espere que se venha a falar, indiscretamente, sobre o governo do qual participei e participo. Em primeiro lugar porque a confiança que se nos é depositada, em qualquer situação da vida, mais ingrata ou menos ingrata, exige a retribuição da discrição – até que possa se tornar - por si mesmo, bem entendido - história. Em segundo lugar, porque minha fé no coletivo é profunda, e ela postula que a condição de ser ou ter sido secretário de estado só se torna relevante diante dos projetos comuns e coletivos. Para mim, essas coisas são “imperativos categóricos” - no sentido kantiano do termo. Ou seja, coisas impossíveis de serem questionadas, coisas que nem mesmo à razão se submetem.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de
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