A curiosa reação dos amigos tende, nas circunstâncias de deixarmos de ocupar um cargo como o de secretário de estado, a preocupar-se como nosso ânimo. Agradeço a todos, que foram inúmeros – e mesmo não sabia que eram tantos! - mas... ora, sejamos republicamos, nenhum cargo público nos espelha inteiramente e as moscas azuis que se estatelam contra os espelhos são, com efeito, umas criaturinhas sempre, e com excesso, ridículas. Ademais, o cargo de secretário de comunicação, vértice de todas as disputas e aposto de uma área da qual, como se sabe, todos muito entendem, ainda que não entendam nada, é um posto extremamente difícil.
Bom, meus amigos, o alívio é imenso. Tenho consciência de que fiz o melhor que pude e que estive sempre a postos, com franqueza, coragem, bom humor, honestidade e sobretudo fidelidade aos meus fornecedores, clientes, amigos, colegas de governo, de tendência e de partido. E posso dormir o sono dos secretários justos.
Comentários
Acho que você foi até longe demais (durou muito) num governo de gestores cujas experiências (da maioria) é de terem liderado greves, invadido prédios e brigado com a polícia! À eles falta experiência de gestão, competência e honestidade.
Pelo menos, você tem as duas últimas características positivas, faltando-lhe apenas experiência de gestão, que foi superada pela abertura a ouvir especialistas e capacidade de aprender e desenvolver habilidades.
Úrsula Ferro.