O marxismo soviético: A reforma Gorbatchev
Quando Brejnev morreu, em 1982, assumiu o poder na URSS Iuri Andropov, substituído, após faleceer, um ano depois, por Konstantin Tcherneko, que, como se sabe, também morreu em menos de um ano. O nome escolhido para sucedê-lo foi o de Mikhail Gorbatchev. Ao contrário de todos os anteriores, jovem e brilhante.
Ocorre que Gorbatchev, como demonstra Martin Walker no seu relato da luta intestina pelo poder, no PCUS, após a era Brejnev, já vinha há muito tempo, alicerçando as bases do seu poder. Gorbatchev surge da discussão Liebmann e cresce, politicamente, com a aura de um estadista: sabe que as coisas precisam mudar para que contiunuem a ser como eram. Bom, a frase é de Lampedusa, mas nos serve.
Era ele que mandava na gestão Andropov. Menos na g4stçao Tchernenko, mas ainda assim seu papel era central. O fato de ser eleito secretário-geral do partido menos de 24 horas após a morte do líder anterior indica sua habilidade e, também, a luta interna, fratricida e cabal.
O primeiro momento incrível de Gorbatchev, o momento que indicou, ao mundo e a todo o país, de forma inesperada e repentina, que as coisas iam mudar, foi quando, em pleno Congresso do PCUS, reabilitou a imagem de Trostsky à nação. Tenho um vídeo desse momento. A cena é emocionante. Sem avisar nada a ninguém, perqnte os mais de mil delegados do partido, faz um discurso dizendo que as coisas terão que mudar e traça um elogio sincero e honesto de Trostsky. Os delegados se entreolham, sem saber bem o que fazer e, pouco a pouco, vão se levantando e, de pé, aplaudindo a memória de Trotsky.
Sim, as coisas realmente iriam mudar.
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